Os espaços públicos da cidade precisam ser cercados?

Este foi o título de matéria no jornal O Estado de S.Paulo há alguns dias e que trazia a opinião favorável de Jorge Lordello (especialista em segurança e pesquisador criminal) e contrária de José Armênio de Brito Cruz (sócio da Piratininga Arquitetos Associados) sobre o fechamento de espaços destinados ao público na cidade.

A que ou a quem se destina o espaço público afinal?
É simples defini-lo como aquele destinado ao público e de posse coletiva, aquele onde se pode exercer a cidadania, que representa o espírito público desejado pela coletividade.

E é essa a discussão que se tem hoje, principalmente nas grandes metrópoles. No caso de São Paulo, pergunta-se: qual é o espírito desejado pela coletividade paulistana? Um espaço cercado para garantir segurança ou um espaço sem limites e impecilhos ao direito de ir e vir?
Jorge Lordello, em seu ponto de vista, defende que "é preciso proteger as pessoas da criminalidade e da violência urbana" e que as praças devam ser cercadas com gradis e fechadas durante a noite. Portanto, a sua referência é a segurança.
Por outro lado, José Armênio defende o livre acesso da população a um edifício público, "independentemente de características individuais, limitações ou renda", pois "uma praça pública é o melhor exemplo do chão público, da cidade onde somos cidadãos e encontramos nossos conterrâneos".

O debate está posto.
Qual a sua opinião?

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