"É pic, é pic...! Meia hora..., é hora, é hora! Rá-já-Tim-bum!"

Hoje é o Dia do Advogado. Data em que foi assinada a lei que criou os cursos jurídicos no Brasil. Como comemoração, estudantes de Direito costumam aplicar o famoso "pindura" nos bares e restaurantes pelo país afora.


O mais interessante para mim é a estória de como nasceu o famoso "pic-pic" das festas de aniversário. Quem conta detalhes é o professor Eduardo César Silveira Vita Marchi, no jornal Folha de S.Paulo, de hoje.


Segundo ele, tudo começou numa brincadeira e dos gritos de guerra surgidos nos corredores e no pátio das Arcadas do Largo São Francisco, no início do século passado. Abaixo alguns trechos da matéria.


"A princípio não apresentavam vinculação com festas de aniversários. Eram gritos de pilhéria, regozijo e cançoes de evocação. 'Pic-pic' era o apelido de um dos líderes das 'estudantadas' em sua época, década de 1920, Ubirajara Martins de Souza".

Conta que ele era figura conhecida e possuidor de bigodinhos de pontas aguçadas, que viviam sendo aparados por uma tesourinha, provocando o som peculiar de "pic, pic, pic". Daí surgiu seu apelido, que era evocado aos brados de "É o Pic-pic, é o Pic-pic".


Aliado a isso, surge a estória da segunda estrofe. Os estudantes costumavam se reunir no Ponto Chic do Largo do Paissandu para algumas cervejas, que logo acabavam. Demorava cerca de meia hora para que uma nova leva ficasse gelada. Por isso, "os estudantes, acompanhando ansiosamente o avanço do relógio, alvoroçavam-se diante da proximidade do grande momento e punham-se em coro a cantar, clamando de modo desesperado pelas cervejas geladas: "Meia hora, meia hora, é hora, é hora, é hora!".


Finalizando a canção (ou grito de guerra), a faculdade recebeu a visita de uma rajá indiano chamado Timbum. "O acontecimento inusitado, aliado à sonoridade do nome, deu chance aos alunos de incorporar, ao final de seus cantos, novo grito de guerra: 'Ra-já-Tim-bum!'".


Como o canto difundiu-se por São Paulo e depois pelo país é explicado pelo professor:

"Naquela época os estudantes eram figuram bastante conhecidas na sociedade paulistana. Por isso, as importantes famílias da cidades, principalmente nas festas de aniversário de suas filhas casadouras, honravam-se em recebê-los".


Bem a estória é legal.

Mas, como advogada formada em outras paragens, prefiro o canto de guerra que faz pulsar meu coração:


"Loooooouuuuco! Louco, louco, louco! Direito Mack!"



Foi o que gritamos em minha festa de aniversário. Rá!!



Parabéns aos colegas Mackenzistas!

Parabéns aos colegas advogados!

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