Os perigos de comer fora de casa

O vereador Andrea Matarazzo apresentou projeto de lei para regulamentar Comida de Rua na cidade. No dia 18 de setembro, na Câmara Municipal de São Paulo, será realizado um amplo debate público sobre o tema com as pessoas do setor. Para saber mais sobre o projeto de lei, clique aqui.


Veja a importância desse projeto, considerando a pesquisa realizada em diversas cidades sobre "Os perigos de comer fora de casa", no texto abaixo, extraído do Diário Oficial do Estado de SP:


Testes realizados pela Associação de Consumidores Proteste, em nove cidades brasileiras, com alimentos comprados de vendedores em praias, ambulantes nas ruas e restaurantes self-service de shoppings centers, indicam que esse hábito deve envolver muita cautela. A pesquisa indicou que 11% dos produtos eram impróprios para consumo (por estarem contaminados com micro-organismos capazes de fazer mal à saúde), enquanto 57% eram insatisfatórios (por problemas na higiene em alguma etapa da produção do alimento). Apenas 32% podiam ser consumidos sem medo.
Detalhes do levantamento, assim como propostas para melhorar o quadro do serviço de alimentação no Brasil, e orientações para a prevenção de problemas de saúde causados por alimentos contaminados, foram debatidos no 11º Seminário Internacional Proteste de Defesa do Consumidor, realizado na semana passada, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.
O evento foi promovido pelo Nepa (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com a Proteste.
O principal desafio na área da segurança alimentar é a educação. Por isso, o Nepa tem o intuito de ajudar os órgãos de regulamentação e fiscalização da cadeia da alimentação.

As preocupações aumentam na medida em que aumenta também o hábito de comer fora. Em 1975, o consumo de lanches e refeições fora de casa correspondia a 9,7% do total de despesas de uma família. Em 2008/2009 (último levantamento disponível), esse gasto passou a representar 31% do orçamento, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano morrem mais de 2 milhões de pessoas em decorrência de doenças diarreicas, muitas delas causadas pela ingestão de alimentos contaminados.
No Brasil, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, os maiores casos de contaminação ocorrem no Sudeste (40%) e no Sul (39%).
Os micro-organismos analisados foram os previstos em lei para cada tipo de alimento da amostragem, ou seja, saladas de folhas cruas (restaurantes); cachorro-quente, pastel, coxinha, tapioca, entre outros (ambulantes de rua); e queijo coalho, camarão, frutas, sanduíche natural, etc. (praias).
Entre os que são indicativos de má higiene, os piores resultados referiram-se aos coliformes fecais.
Os resultados por cidade mostraram São Paulo (72%) e Belo Horizonte (67%) com os maiores índices de amostras insatisfatórias, e Recife com o menor, de 27%.
Por outro lado, a capital de Pernambuco foi campeã em alimentos impróprios (40%). Vitória não teve nenhum.
O estudo foi encaminhado para as Vigilâncias Sanitárias municipais de cada cidade onde foi realizada a pesquisa.

(Fonte:  DOE de 11/09/2013 – Simone de Marco da Agência Imprensa Oficial. Foto: www.viajandoblog.com)

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