"Será Avenida Paulista, em homenagem aos paulistas"





... Assim foi batizada, pelo engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, a avenida que comemora 120 anos no dia 08 de dezembro.

Seu nome nem sempre foi Paulista. Na primeira década do século passado seu nome foi alterado por um período bem curto para avenida Carlos de Campos (ex-presidente do estado), retornando ao nome original depois que a sociedade paulistana reagiu, demonstando seu descontentamento.

Rodeada por rico patrimônio arquitetônico, bastante inovador para a época, foi a primeira via asfaltada da cidade (1909). Desenhada para abrigar os paulistas que aspiravam por um espaço na cidade, assim manteve seu caráter residencial até meados dos 50, até que espigões e arranha-ceús começaram a dar lugar ao redesenho paisagístico da avenida: um lugar eclético e que abriga o setor imobiliário, espaços culturais e educacionais.

Mas, sobre o símbolo e o que ele representa hoje em nossa cidade, prefiro reproduzir artigo publicado nesta data no Diário de São Paulo, coluna Formador de Opinião e assinado por Andrea Matarazzo, sempre admirador e um dia administrador da avenida Paulista.



"Avenida Paulista, 120 anos


Não é por acaso que a Avenida Paulista se mantém por tantos anos como o maior símbolo de São Paulo. Comemorando 120 anos de existência no dia 8 de dezembro, a Avenida simboliza a grande força da nossa cidade e o espírito empreendedor dos paulistanos.

A Paulista sempre me foi muito familiar. Meus avós e muitos dos meus tios moravam ao longo dela e me lembro de passear pelas calçadas, quando a Paulista tinha apenas uma pista e era repleta de imensos casarões de ambos os lados, todos com grades baixinhas. Alguns ainda estão ali, como a Casa das Rosas e o Casarão da família Thiollier, no número 1.919.

Era uma avenida relativamente calma, já que o centro econômico de São Paulo ainda ficava nas ruas Boa Vista e na XV de Novembro. Não estou falando de tantos anos atrás. A Paulista era assim por volta dos anos 60. A transformação veio na década de 70, quando a Avenida, marcada pelas residências da elite econômica da época, passou a ser sede de escritórios, indústrias e bancos, trazidos pelo grande salto econômico do Brasil.

A Avenida passou por diversas intervenções, mas a virada definitiva veio com o alargamento das pistas e a implantação do projeto urbanístico e de sinalização - com os característicos totens - de autoria de João Carlos Cauduro, que deram a feição que a Avenida tem hoje.

Tive o prazer de poder implantar a última grande modernização da Avenida. O bonito mosaico português, inadequado para os pedestres, foi substituído por amplas calçadas de concreto armado. No canteiro central, foram instaladas floreiras com azaléias, flores tão representativas da cidade. Com orientação da hoje deputada Mara Gabrilli, as calçadas passaram a ter um nível único, com pisos podotáteis, tornando a Paulista totalmente acessível. O comércio renasceu e a Paulista está revitalizada.

Caminhar pela Paulista é uma experiência aos sentidos, com muito para ver, ouvir e conhecer. O Masp, o Parque Trianon, restaurantes, cinemas, lojas, há opções e espaço para todos. Hoje, mais de 450 mil pessoas passam diariamente pelos 2,8 quilômetros da avenida, que é a melhor representação da diversidade de São Paulo."


Conheça, também, a experiência da "Gerência da Paulista", clicando aqui.



Comentários

Marcelo Cunha disse…
Parabéns pelo POST!!! muito bem escrito. Abraços

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