De onde vem a água que a gente bebe: parte I - Sistema Cantareira

No dia mundial do meio ambiente, comemorado neste dia 5 de junho, todos deveriam saber os obstáculos que a água (captada a kms de distância) precisa vencer para chegar as nossas torneiras.





Domingo de manhã. Um paulistano tira o carro da garagem, põe na calçada, pega a mangueira, abre a torneira e começa a lavar o automóvel. Se esse cidadão visitasse a represa do rio Jaguari/Jacareí, na cidade de Vargem, e soubesse o trabalho necessário para armazenar e depois tratar a água que ele desperdiça, pensaria duas vezes antes de sua ação.
Num perímetro de 293 km, na divisa com Minas Gerais, o imenso reservatório concentra 75% de toda a água do Sistema Cantareira, que começa em Vargem e atende a toda a Região Metropolitana de São Paulo com volume de 1 bilhão de m3 armazenados. A administração e proteção desse manancial é responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado, a Sabesp.
O rio Jaguari nasce em Sapucaí-Mirim, território mineiro, mas corre em direção a São Paulo. A represa foi construída para receber essas águas e as do rio Jacareí em 1977 e as operações do Sistema Cantareira começaram em 1982.
Depois de Vargem, as águas são transportadas pela gravidade através de túneis, outras represas e um trecho em Mairiporã, a céu aberto, que atravessa a rodovia Fernão Dias.
Quando chegam em Caieiras, são bombeadas para o reservatório Águas Claras. O percurso passa ainda pela Estação de Tratamento de Guaraú, na Zona Norte da Capital, e dali para as torneiras da Grande São Paulo. No total são mais de 30 km de canalização unindo as represas.
Assim que deixam o Jaguari/Jacareí as águas formarão uma segunda represa do sistema, sentido interior-capital, com o rio Cachoeira, em Piracaia. Quilômetros de túneis subterrâneos a frente, as águas recebem o rio Atibainha e formam as represas de  Nazaré Paulista e de Mairiporã-Caieiras, até serem elevadas para Águas Claras e Guaraú.
Que viagem!

Fonte: DOE 05/jun/2013

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