ELIS, 70 Anos

Se estivesse viva, Elis Regina completaria hoje 70 anos de vida. Falo disso aqui, em "Coisas de Sampa" porque, embora gaúcha, começou sua carreira em São Paulo. 

Como mostrou a reportagem da Globo "em 5 de agosto de 1964, um endereço na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, foi o palco do primeiro show de Elis Regina na cidade. Onde hoje funciona um bar, existia uma boate, boate Djalmas. A jovem Elis, de 19 anos, encantou a plateia. Algumas dezenas de pessoas lotaram o lugar para ver a artista que começava a despontar".  Teve passagem pelo Rio de Janeiro, mas viveu aqui até sua morte trágica, em 19 de janeiro de 1982.

Toda as mídias estão falando dela ao longo do dia: sua vida, seus amores, seus sucessos e suas dores. Nada há muito a acrescentar, a não ser uma breve homenagem a essa mulher que permeou na minha infância, adolescência e juventude. E, ainda hoje, rodeia por aqui.

Muitas de suas músicas estão presentes em fatos marcantes de minha vida. Corri e brinquei com o "Upa, Neguinho" (1965) na rua de terra onde cresci; comecei um namoro no show "Falso Brilhante" (1976); realizei por uns tempos o sonho de um lugar sossegado e aconchegante - porque eu também quis ter uma "Casa no Campo"(1971); quis ser diferente com meus filhos e, ao final, percebi que como muitos também vivi "Como Nossos Pais" (1976).

Lutei por um país melhor e percebi que também sou como o "Bêbado e a Equilibrista" (1979); um novo amor surgiu e me fez gritar: "Me Deixas Louca" (1982); ainda desbravo o mundo como uma "Mestre Sala dos Mares"(1975) ou viajo como se estivesse "nas asas da Panair"(1980).

Enfim, neste 16 de março, para comemorar seus 70 anos de nascimento, dedico a primeira música que vem à mente inspirando-me a escrever: letra de Guilherme Arantes, "Aprendendo a Jogar" (1980).



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