Falando de morte

Esse é o mote do Laboratório de Estudos sobre a Morte (LED), ligado ao instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Segundo a idealizadora do LEM, a professora doutora Maria Júlia Kovács, "a morte sempre foi um tema difícil" e as pessoas enfrentam problemas em lidar com isso. Em vez de falar morreu ou faleceu, troca-se por "não está mais entre nós", "passou desta prá melhor", "ele/ela se foi".

A professora comenta sobre o paradoxo de a TV mostrar cenas de violência e morte cotidianamente, e o tema não ser tratado nem na escola e muitas vezes, nem na família. Por isso defende a "educação para a morte" em que informar sobre as curiosidades e dizer que todos morreremos um dia, faz parte de um processo que envolve crianças, adolescentes, idosos e profissionais da saúde.

O LEM promove o DVD "Falando de morte" indicado ao profissional da saúde, mostrando os medos e reações de pacientes e familiares diante do agravamento da doença e da proximidade do óbito. Aborda a importância da comunicação em relação à transmissão de más notícias e o compartilhamento de sentimentos nessas situações. Os vídeos podem ser assistidos na biblioteca do Instituto de Psicologia da USP e por empréstimo.

As palestras e reflexões organizadas pelo LEM referem-se à bioética da morte com o público leigo e o médico. Discute-se, por exemplo, até quando prolongar a vida, se isso implica em muito sofrimento, o direito do paciente em recursar tratamentos quando há risco de vida etc.

LEM

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Fonte: DOE 05/07/11