O possível fim da Praça das Flores, na Mooca
Triste destino de uma das 20 áreas escolhidas pela Prefeitura para serem entregues à indústria imobiliária e que sediou a primeira horta comunitária da cidade de São Paulo, nos idos de 2003-2004.
O ex-Subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, é um dos principais defensores da manutenção desse espaço para a comunidade. Segundo ele, "o Poder Municipal deveria buscar alternativas para atender esse objetivo (a suposta utilização do dinheiro da venda na construção de creches, n.e.) sem se desfazer de obras públicas.
No caso da Mooca, uma zona árida e ilha de calor, é preciso se trocar parte do concreto cinza pelo verde das árvores e o colorido das flores". Note que no verão, a região chega a apresentar até dois graus acima do que é marcado nos termômetros do resto da cidade. Essa posição é partilhada com a Associação Amoamooca, pois o bairro possue poucas opções de lazer.
No último final de semana, quase uma centena de moradores realizaram um abraço simbólico na área, apelando para que o Prefeito deixe os 6 mil metros quadrados à disposição da população paulistana.
Há outro espaço na Mooca que também está na relação de áreas a serem vendidas a partir de setembro e que é utilizada como depósito da Subprefeitura para o descarte de sucatas. Representantes da Associação Amoamooca entendem que essa segunda área deveria ser destinada para a construção de um centro cultural e de uma praça. A Mooca já é um bairro bastante povoado e não precisa ter mais prédios e sim, mais áreas verdes.
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