Quanta gente tem em São Paulo?

Esta semana a Fundação SEADE informa que no mês de maio o Estado de São Paulo atingirá a marca de 43 milhões de habitantes. O "Relógio Populacional" aponta um acréscimo de 1,7 milhão de pessoas em relação a 2010. Nesse estudo, é analisada a dinâmica populacional a partir dos principais componentes responsáveis pelo seu crescimento – fecundidade, migração e mortalidade. Com base nessa análise foram realizadas projeções da população do Estado, até 2050. 

No entanto, destaca-se que em valores absolutos a tendência de desaceleração em seu ritmo de crescimento tem produzido impacto expressivo na evolução da população residente. Estima-se que, nos últimos cinco anos, a população paulista cresceu 0,87% ao ano, taxa inferior às registradas nos quinquênios 2000-2005 (1,18%) e 2005-2010 (1,01%), quando foram observados acréscimos maiores (respectivamente, 2,2 e 2,0 milhões). Na década de 1980 as taxas de crescimento superavam 2% ao ano. 

Como ocorreu o crescimento populacional para que o Estado de São Paulo chegasse aos 43,0 milhões de habitantes em maio de 2015?  

A dinâmica geográfica regional mostrou-se bastante diferenciada. Com crescimento demográfico anual superior a média do Estado encontram-se quatro regiões administrativas entre 2010-2015: Ribeirão Preto (1,27%); Campinas (1,21%); São José dos Campos (1,05%); e Sorocaba (0,96%); além da Região Metropolitana da Baixada Santista (1,02%). A menor, foi a região de Registro (0,10% a.a.).


Qual foi a participação das regiões administrativas e dos 645 municípios paulistas nesse crescimento?

Em 2015, as cinco regiões com maiores taxas passaram a concentrar 15 milhões de habitantes, que, somados aos residentes da Região Metropolitana de São Paulo (20,4 milhões), representam 82% da população do Estado. Sobre os municípios:

- 114 municípios apresentaram taxas negativas de crescimento (sendo Flora Rica o de maior decréscimo, -1,18% a.a). 

- 309 municípios com taxas entre 0% e 1% ao ano, grupo que contempla, por exemplo,  Osasco (0,19%), Santos (0,20%), Santo André (0,28%), São Paulo (0,59%) e São Bernardo do Campo (0,68%). 


- 188 municípios com taxas de crescimento entre 1% e 2% ao ano (exemplo: Ilhabela, Ribeirão Preto e Guarulhos).

- 34 municípios com taxas superiores a 2% (a maior registrada em Bertioga, com 324% e Taiúva, que cresceu de -0,10% para 3,11%, fruto da implantação de unidade prisional no município).


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