Fundação CASA: um novo paradigma

A Fundação CASA, antiga FEBEM, tem realizado trabalhos que ultrapassam os muros da instituição, voltados para a inclusão social, com apoio do setor privado e da sociedade civil.

Uma iniciativa pioneira que contou com o apoio de um grupo de empresários foi organizada pela ONG Bem Querer e pela DRM – Divisão Regional Metropolitana Norte (Vila Maria) da CASA, ofereceu, neste mês de agosto, um curso prático de encanador para 19 adolescentes.

Eu nunca vi um grupo tão participativo aqui, elogiou Odilene Anitelli, presidente da ONG Bem Querer.

Isso é um marco histórico na Fundação CASA, afirma a presidente Berenice Giannella.

Nós viramos o jogo porque, antigamente, não acreditavam na gente e hoje é possível fazer um verdadeiro trabalho de inclusão social, disse o diretor da DRM Norte, Sérgio de Oliveira.

Dos 19 jovens, 16 começaram as aulas como internos da Fundação CASA: alguns eram reincidentes que lideraram rebeliões no passado. Os outros três formandos são moradores da comunidade de Vila Maria, bairro da Zona Norte de São Paulo.

A iniciativa teve o objetivo de estimular a integração com a sociedade, contribuir com a quebra de preconceitos e possibilitar a inclusão de jovens da periferia no mercado de trabalho.

Os curso de encanador e os materiais nele utilizado foram dados por duas grandes empresas do setor, a Tigre e a Eluma. A construtora Schaim emprestou a obra para que os alunos tivessem o treinamento prático. Outra empresa, a Hilti Brazil, forneceu as ferramentas. Winikar, Ar Locações e a SP 10 também participaram do processo, bem como a Núcleo Ser, consultoria especializada na formação de executivos, que contribuiu com noções de comportamento e formação da pessoa e ainda vai acompanhar os jovens por um ano.

Os jovens foram contratados com salário inicial de R$ 800, pela empresa FR Construtora.

O sucesso da iniciativa abriu espaço para a realização de um segundo curso, em outubro, para o qual os organizadores estão buscando ampliar o pool de empresários para outros cursos na área da construção civil, ampliando as possibilidades de contratação pelo mercado.

Com esses jovens saindo daqui empregados evitamos que sofram discriminação ao procurar emprego. Além disso, o fato representa uma quebra de paradigma porque mostramos à população que a Fundação CASA é uma instituição que oferece cursos, escola e emprego e não apenas um local onde o jovem fica privado da liberdade, conclui Oliveira.

Fonte: "Notícias da CASA", Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, 30ª ed., Agosto/09. Foto: Denilson Araújo.

Comentários

Unknown disse…
Materia ótima, a nossa sociedade pode muito colaborar com a insercerção dos adolescente no mercado de trabalho e em nossa sociedade novamente
Coisas de Sampa disse…
Obrigada, Odilene. Bem vinda ao Coisas de Sampa.

Postagens mais visitadas deste blog

Penha de França: o bairro mais antigo

Cidade Compacta - o que é isso?

SP 2040, Visão e Plano de Longo Prazo para Sampa